Quem sou eu

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Um vagabundo do infinito. Por ter iniciado minha vida artística na ditadura sempre utilizei pseudônimos. Poeta da chamada "geração mimeógrafo". Colaborei em alguns jornais e revistas, criei e editei a revista "Energia", o programa de rádio "Solitário nunca mais", atuei e/ou dirigi diversos espetáculos teatrais, entre eles: "Teatro relâmpago Show", "Curso para Contemporâneos", "O Labirinto", "Noites em Claro", "Vida Acordada", "A Improvisação da Alma" e "Dorotéia". Criei e dirigi o grupo de pesquisa teatral "Vagabundos do Infinito". No momento além do single "Canção ao coração de Andressa" estou lançando o álbum musical "Misturadinho" em parceria com Paulo Guerrah e JMaurício Ambrosio.

sábado, 20 de novembro de 2010

The Crossing - Abbey Road Studios

http://www.abbeyroad.com/crossing

Essa eu peguei no blog do Bráulio Tavares (já está linkado aí ao lado - Mundo Fantasmo). Quem não conhece o Bráulio (ei! nada de lembrar daquele velho duplo sentido) é bom conhecer. Grande artista.
O link mostra, como diz o título, a famosa faixa, imortalizada pelos Beatles na capa do disco "Abbey Road". Mostra ao vivo, de uma câmera localizada no estúdio Abbey Road, onde foi gravado o disco. Claro que sempre veremos turistas tirando fotos atravessando a faixa à maneira dos Beatles. Agora a rua tem umas faixas em zig-zag que não existiam na época. Podemos ver aqueles famosos ônibus de dois andares (em versão moderna) passando e a "mão inglesa", para nós invertida (assim como a língua). Mas sabem o que me impressionou mesmo? É só alguém ameaçar atravessar a faixa e os carros param imediatamente! Não tem sinal (semáforo, farol, sinaleira, etc - quantos nomes para uma mesma coisa!), a não ser as linhas em zig-zag e umas bolotas piscando. Fica evidente, muito evidente, o respeito total ao pedestre, e conseqüentemente à vida.
Educação (e leis e justiça eficientes) até que pode ser uma coisa boa para nossa convivência em sociedade.
Vale a pena dar uma conferida (quem sabe o exemplo pega por aqui).
Cliquem no link acima e divirtam-se.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A ÚLTIMA DANÇA

É tudo história.
A nossa vida é uma história. Isso é fácil de se ver nos livros e filmes. Mas não é tão fácil
assim no cotidiano. Estamos tão envolvidos com a sua trama, que até esquecemos de
que tudo não passa mesmo de uma historia, assim como numa peça de teatro. Ficamos
tão preocupados em "salvar a nossa pele" e em "se dar bem em tudo", ou seja, em
realizar todos os nossos desejos e apegos pessoais, que deixamos de lado toda a beleza e
magia da própria vida.
Nascemos para interpretar uma história: a história desta nossa vida atual. Ela acontece em um tempo e espaço definidos, com princípio, meio e fim. Nascimento, existência e morte. A primeira e última etapa acontecem num piscar, mas na segunda, devemos ficar de olhos bem abertos para não deixá-la passar assim em brancas nuvens.
Agora, se a vida é uma história, quem será que escreve? Nós ou o destino? Pois é
nenhum dos dois. Quem escreve a história da vida é o nosso próprio Espírito, ou Cristo
interior, ou Self, ou Orixá, ou ainda qualquer outro nome que se queira dar ao nosso Ser
divino, o Criador de toda a vida. E, então, nesse caso, o que somos nesta história?
Somos atores, atores de corpo e alma, interpretando um personagem, uma personalidade
que atua nesta história.
Para o bom ator, o importante é representar bem o seu personagem, seja ele rico ou
pobre, belo ou feio, inteligente ou irracional. o personagem não pensa exatamente
desse modo. Ele tem interesses, desejos, receios, e toda a gama de razões possíveis para
preservar, segundo os seus padrões, o melhor nível de sua existência dentro de sua
história pessoal.
Está sempre buscando um "final feliz" e, com isso, se esquece do fundamental "instante feliz". O bom ator deve viver, antes de tudo, o "instante feliz", pois só assim poderá dar vida, magia e beleza ao próprio personagem. Somente assim, poderá ser aplaudido por todos e pelo próprio coração, ao término do grande espetáculo de sua vida.

Autor: Aiyan Zahck

Esse é o trecho inicial do livro "Como utilizar os cristais - a relação mágica e terapêutica entre os cristais e o Tarô" de Aiyan Zack, também conhecido por:JOSÉ ANTONIO GORDILHO TEIXEIRA DE FREITAS, ou para nós, do Teatro Relâmpago, simplesmente Animal ou Animal José. Um multi-artista, um mago e acima de tudo uma pessoa maravilhosa, das melhores que conheci. Pra mim, um irmão, companheiro de muitas andanças e danças. Ele fez agora sua última dança. Seu espetáculo chegou ao fim. Podem aplaudir. Te aplaudo de pé e com o coração, querido amigo. Sinto não poder mais te dizer isso, mas obrigado, muito obrigado por tudo.      Paulo Márcio

domingo, 14 de novembro de 2010

DA IMPORTÂNCIA DE NOSSOS ATOS

    Eu vou falar a você do óbvio. O óbvio ululante, como diria Nelson Rodrigues. Mas porque ele vai falar do óbvio, você deve estar se perguntando. Isso parece tão desnecessário. Seria, se na maior parte das vezes nós o não percebêssemos. Por exemplo: tenho certeza que grande parte das pessoas acha que vive na superfície do planeta, sobre ele e não DENTRO dele. Estamos imersos no planeta, imersos em sua atmosfera como os peixes estão imersos na água. que não percebemos o ar como talvez os peixes não percebam a água. E precisamos dele para viver e respirar como os peixes da água. Há uma camada e uma capa quilômetros acima de nós. Se um objeto vem do espaço choca-se com essa capa, espatifa-se ou, se consegue penetrá-la, arde em chamas. Mas não é disso que quero falar. O óbvio sobre o qual vou falar, nunca li em lugar algum nem ouvi ninguém dizer, embora seja possível que o tenham feito. Como me espanta o fato de eu, um cara razoavelmente informado e instruído nunca ter ouvido falar disso, resolvi então compartilhar essa minha sucinta e óbvia reflexão.
    Pense em uma estrela que tenha visto no céu à noite. Sabemos que a luz dela levou uma grande quantidade de anos para chegar até nós. Vamos estabelecer uma quantidade aleatória, digamos um milhão de anos, apenas para termos um parâmetro. Ela pode nem existir mais mas a estamos vendo, exatamente como eraum milhão de anos. Suponha que existisse um planeta com vida, semelhante à nossa, girando ao redor dessa estrela. Suponha também que os habitantes desse planeta tivessem um jogo parecido com o nosso futebol e queum milhão de anos atrás, estivesse acontecendo uma final da copa do mundo deles. O jogo está 0x0 e faltando um minuto para terminar o juiz marca um pênalti.
    Agora imagine que tivéssemos um fantástico telescópio com o qual pudéssemos enxergar a superfície desse planeta em detalhes. Não existe hoje tal telescópio, mas basta-nos imaginá-lo. Veríamos o estádio lotado, o jogador colocando a bola na marca do pênalti e preparando-se para cobrá-lo. Agora vamos pensar no que estaríamos vendo. Estaríamos vendo isso acontecendo, no momento presente. Não saberíamos ainda o resultado do jogo. Todos estão ali, vivos, tensos, esperando a cobrança. Tudo real, vivo, PRESENTE. No entanto, no tempo desse planeta distante, isso teria acontecido há um milhão de anos. Se traçarmos imaginariamente uma esfera de um milhão de anos-luz tendo esse planeta como centro, em toda a superfície dessa esfera no universo, esse momento, da espera pela cobrança do pênalti estaria acontecendo. AGORA! E mais, em todo o interior dessa esfera esse momento teria acontecido, em tempos distintos. Em todo o interior dessa imensa bola espacial de dois milhões de anos-luz de diâmetro, qualquer um que dispusesse de meios para tal, teria visto esse instante, teria sabido o resultado da partida. E esse momento, da espera pela cobrança do pênalti, continuará se expandindo, junto com a luz de sua estrela por todos os tempos, até o fim do universo, se ele tiver um fim, ou infinitamente se for o caso. Esse momento irá percorrer todo o universo, contaminando-o com sua tensão, com sua emoção ou, mais precisamente com sua energia. Não importa o quão pequeno seja esse instante em relação à imensidão do universo, sua energia irá percorrê-lo inteiramente. VIVA, em seu momento presente. Todo o universo será afetado por sua energia.
    Agora pensemos de modo diferente. Pensemos nesse momento em que você está diante de seu computador lendo esse texto e pensando em qual terá sido o resultado da partida. Esse exato momento, esse aqui e agora que experimentamos também estará se expandindo junto com a luz de nosso sol por todo o universo, imprimindo sua energia em todo ele. Daqui há um milhão de anos esse momento continuará acontecendo exatamente como agora. Você estará vivo, respirando e lendo esse texto, talvez ainda querendo saber o resultado do jogo, para um possível observador distante um milhão de anos-luz de nós. E assim será, por todos os tempos.
    Em outras palavras: cada ato nosso, a cada instante, toca energeticamente todo o universo. Bem de leve, muito suavemente, mas de algum modo o altera que interage com ele. Essa é a importância dos nossos atos. Fique em paz.
    Ah! Eu ia me esquecendo. Você quer saber o resultado do jogo? Enquanto você lia, o pênalti foi cobrado e o goleiro defendeu. A partida vai para a prorrogação. Um abraço, até qualquer dia, em qualquer lugar dessa imensidão.
Paulo Márcio


Mr. Sandman



Isso é uma bobagem absoluta, mas eu adorei o que essas meninas fizeram. Também serve para lembrar do Neil Gaiman. Tem muita coisa dele nos links de quadrinhos aí ao lado, é só procurar. Divirtam-se.

sábado, 13 de novembro de 2010

Arqueologia da Nova Era

  Esqueça tudo o que disseram, a Nova Era ainda não chegou. Ela está perto, talvez bem perto e se quiser entrar nela mergulhe no passado mais distante. Esmiúce esse passado, escave suas ruínas, procure em cada fresta minuciosamente, revolva suas areias, entre em suas tumbas sem medo, não como um saqueador, nem como um cientista (o quequase no mesmo) mas como alguém que vela um ente querido. Penetre em seus mistérios, com o cuidado de quem tateia no escuro, escute suas vozes nos ventos ancestrais, ouça seus mitos e percorra-os como parte deles. Depois faça uma enorme fogueira em honra aos deuses que encontrar ou, se não encontrar nenhum, simplesmente ao Universo que contém todos os tempos e todos os seres. Queime nessa fogueira seus apegos, sua história, sua memória, suas máscaras e tudo o mais que acha que lhe pertence como um sacrifício solene. Quando a fogueira acabar de queimar, nu, cubra-se com suas cinzas até ficar irreconhecível a você mesmo. Então voe de volta ao futuro. Sim, você poderá voar. Pouse no aqui-agora que você encontrar. Foque seu olhar no presente imediato que está chegando, mantenha nele o olhar. Quando avistar a Nova Era, penetre-a delicadamente como num ato de amor, com o mesmo medo, o mesmo respeito, o mesmo cuidado e a mesma confiança em si mesmo de quando se entrega a alguém. Você estará pronto e terá a chave e, caso não tenha percebido, será também um Novo Ser. Boa viagem!
                                                 Paulo Márcio

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Um pouquinho de poesia... ou não.

Poema que não é poema

Não é uma questão de crença é uma questão de chance.
Ou você aprende a vestir seu corpo onírico
E a livrar-se de seu apego ao que não lhe pertence,
E nada lhe pertence a não ser sua consciência.
Ou você morre. 
                                                         Paulo Márcio.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

ALLEN GINSBERG CAPITOL AIR live with CLASH - Times square NY



Uma homenagem sem motivo ao poeta mor da Beat Generation. Em breve (ou não muito breve) mais novidades sobre a geração Beat e alguma psicodelia. Aguardem. Apareçam.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010