Tudo o que você sempre quis saber sobre os coelhos de Páscoa e ninguém nunca contou.

Crianças, todos nós sabemos que Papai Noel não existe. Só as crianças muito pequenas e sem noção acreditam nessa farsa capitalista. Nós até fingimos que acreditamos já que tá valendo um presente, e não é uma falha de caráter tão grande assim nossa falsidade já que todo o Sistema converge para isso.

A coisa é diferente quando falamos de coelhos de Páscoa. Todo mundo sabe que coelhos existem. Porém, temos que estar atentos às diferenças. Coelho de Páscoa não é igual àqueles coelhinhos fofinhos que vemos encarcerados nas lojas de bichinhos fofinhos com olhares sofredores. Sim, ninguém pode ser feliz encarcerado. Esses coelhos não botam ovos. Eles cagam pela casa toda, mas ovo, nem pensar. E seu cocô (viva o diferencial!) nem é de chocolate. Eu já provei. É de merda mesmo. Os coelhos de Páscoa são outra espécie de coelhos. É aí que mora o perigo.

Existem milhões, talvez bilhões, de coelhos da Páscoa espalhados pelo mundo. Ou como é que vocês acham que eles iam deixar ovos por toda a parte do mundo? Coelho é rápido, mas nem tanto. Eles devem ter se originado na Ilha de Páscoa, daí o nome, mas há muito tempo se espalharam para todos os continentes. Só que tem uma coisa: vocês já viram um coelho da Páscoa? Tenho certeza que não. Não vale falar daqueles pobres coitados que passam dias nos shoppings dentro daquelas fantasias se derretendo para ganhar umas merrecas. Conheço um cara que já fez isso e sei do que estou falando. E se eu disse acima que tenho certeza que vocês nunca viram um é porque sei que essa espécie de coelho é invisível aos nossos olhos.

Todos nós, crianças espertas, sabemos que nossa visão só capta um determinado espectro de cores. Aquele que aparece nos arco-íris. O infravermelho e o ultravioleta nós já não enxergamos, no entanto eles podem queimar a nossa pele, por isso usamos protetor solar. Pois bem, os coelhos da Páscoa são de uma cor dois espectros acima do ultravioleta. E os olhos são infravermelhos. Isso faz com que nós não os enxerguemos. Mas há milhões, talvez bilhões deles por aí. Inclusive nas nossas casas. Sabe quando você deixa um brinquedo em um lugar e depois, quando vai olhar, não está mais lá? Pois é. Provavelmente um coelho pegou pra brincar e largou em outro canto.

Por isso aparecem ovos de chocolate nas nossas casas, é que uma vez por ano eles botam esses ovos. Sempre 40 dias após o Carnaval, que é quando eles concebem. Por isso fica todo mundo doido no Carnaval. Os coelhos de Páscoa exalam feromônios de coelhos que afetam também os humanos e os deixam daquele jeito. Então não estranhe seu pai de batom, minissaia e sutiã a não ser que ele apareça assim em outra época do ano. Os coelhos só exalam essa substância no Carnaval.

Esses ovos contêm bebês-coelhos da Páscoa dentro, além de eventualmente alguns bombons. Quando abrimos os ovos eles nascem. Alguns bebês-coelho são inadvertidamente comidos no processo, daí algumas diarreias. Bebês-coelho não fazem bem aos nossos intestinos. Mas isso não afeta significativamente a reprodução deles.

Agora cabe perguntar: qual o sentido disso tudo? Todos nós sabemos que o chocolate dos ovos de Páscoa é diferente dos outros chocolates que comemos no resto do ano. Ficamos eufóricos e dá aquela vontade irresistível de comer tudo de uma vez. E nem nos damos conta de que há vários coelhos e bebês-coelho invisíveis na nossa casa. E o que eles fazem na nossa casa além de sumir com nossos brinquedos e as coisas da mãe. Ela está sempre procurando algo seu que misteriosamente não está onde ela deixou. Será que servimos só para trazer à luz os seus bebês-coelhos da Páscoa? Que efeitos mais terá o chocolate dos ovos sobre nós? Serão os coelhos da Páscoa alienígenas que vieram nos colonizar? Será que por detrás de sua aparente bondade em nos conceder ovos tão saborosos não haverá seres malignos a nos dominar? Afinal ficamos dóceis depois de nos empanturrar, e meio lesados. Será que não estão sugando nossa energia? São perguntas que não querem calar. O que fazer diante dessa situação? Bem, vocês eu não sei, mas eu vou acabar de comer meu ovo de Páscoa...

                                                                                                            Juquinha.                 

                                                                                               

Pelo livre direito à associação civil

                                 Como o casamento gay está em discussão na Suprema Corte da matriz e também aqui na filial, apesar de hetero, resolvi manifestar meu pitaco. Lá vai:

            O casamento é uma instituição criada no Estado religioso. Quando o Estado tornou-se laico (nos casos em que isto aconteceu de fato) a instituição foi mantida por inércia e, em parte, por permitir ao Estado a chantagem social. A constituição da família torna mais fácil ao Estado o controle e a exploração de seus cidadãos. É útil.

            O que ainda inibe os Estados supostamente laicos de permitir o casamento gay é somente a ainda grande influência das religiões.

            Pois bem, no meu entendimento o Estado deveria abolir o casamento. Explico: o casamento é uma ideia essencialmente religiosa e deveria permanecer apenas na esfera religiosa. Para um Estado laico, o casamento é apenas uma associação que inclui direitos, deveres e responsabilidades civis. Nesse caso, pouco importaria ao Estado se essa associação é entre pessoas de sexos diferentes ou iguais. E mais: não importaria se é entre duas ou mais pessoas. Esse é o ponto a que quero chegar.

Na medida em que se aceite o casamento gay qual seria a justificativa para não se aceitar o casamento entre três ou mais pessoas? A ideia religiosa da família constituída de homem, mulher e descendentes diretos terá caído por terra. E as pessoas, em qualquer quantidade deveriam ter o direito de se associar e de constituir uma família em outras bases, em bases civis.

Portanto, penso que o que deveria estar sendo discutido é o livre direito à associação civil, entre quaisquer pessoas em quaisquer quantidades. Se for de livre vontade e escolha, é um direito do cidadão. O Estado laico não tem nenhum motivo para negar esse direito. As religiões que procedam como acharem melhor dentro de seus dogmas e regras, mas isso não deve ter nada a ver com o Estado.

Se eliminarmos o ranço religioso o Estado deverá adaptar suas leis à nova constituição familiar. Em termos de política, isso em nada afetará o controle e a exploração costumeira de seus cidadãos. É uma simples adaptação às novas realidades e desejos de seus cidadãos.

Pronto, falei.

As profecias estavam certas e seus intérpretes errados: o Papa Negro, o último papa do Vaticano está eleito, agora salve-se quem puder!

Existem diversas profecias que convergem para este momento e falam do último papa do Vaticano. As mais importantes são as de Nostradamus, as de São Malaquias e a da Monja de Dresden. Não vou analisá-las, até porque não sou um estudioso do assunto e nem pretendo ser muito claro, já que3 as próprias profecias não o são. Pretendo apenas comentar alguns dados e discorrer sobre o provável início do apocalipse, seja lá o que isso signifique. O fim da Igreja? O fim da humanidade? Ou apenas uma grande calamidade?

Começarei pelo Papa Negro. Desde o século passado eu já havia tomado conhecimento da profecia dos papas e, contando os que faltavam, sabia que esse que renunciou seria o penúltimo. Também já havia lido Nostradamus, embora tenha deixado de me interessar pelo assunto. No dia anterior da eleição deste novo papa, conversando com meu velho amigo Don Kidon, disse pra ele que se elegessem um papa negro estaríamos perdidos. Como havia a possibilidade de elegerem um cardeal africano eu pensei erroneamente do mesmo modo que muitos intérpretes. Embora eu tenha comentado que a profecia do Papa Negro fora feita em um tempo em que não se cogitava sequer a possibilidade de um padre negro. Para a Igreja os negros sequer tinham alma, em tempos antigos eram tratados como coisas. Não eram considerados sequer humanos. Ainda assim não me dei conta do erro. No dia 13, após a eleição do novo papa, Don Kidon me liga para dizer: você viu que elegeram o Papa Negro? Como assim? Eu perguntei (estou simplificando o diálogo, porém mantendo o sentido). É o primeiro papa jesuíta e os jesuítas eram conhecidos como os padres negros, por causa de suas vestimentas, disse Don Kidon. Eu, que já sabia que era um argentino, que já havia dado risadas e agradecido aos cardeais por não elegerem um brasileiro (seria nefasto para o nosso país), voltei a me preocupar. Fiz uma rápida pesquisa pela rede sobre os jesuítas, sobre o novo papa, sobre as profecias e, bem, aqui estou. Eu vi que muitos haviam caído no mesmo erro que eu e (antes da eleição) previam um papa africano. Erraram na interpretação, mas a profecia do Papa Negro foi confirmada. O que me intriga é o seguinte: é claro que muitos dos cardeais também sabiam das profecias. Será que eles, muito cultos e com acesso a muito mais informação sobre essas questões do que nós, também caíram no mesmo erro e procuraram não eleger um africano? Ou será que o fizeram conscientemente? Talvez acreditando na inevitabilidade do destino, ou nos desígnios de Deus (o que dá mais ou menos no mesmo). Meu palpite é por esta última hipótese. Mas vamos adiante.

Antes de prosseguir com as profecias eu vou dar uma de Zagallo, porque a coisa é um pouco estranha. Segundo São Malaquias que previu o fim dos tempos através da sucessão de papas, o atual papa eleito é o 112º e último. Notem que a questão aqui é o fim dos tempos (ou o fim da nossa civilização – se é que se pode chamar isso de civilização). Não adviria um 113º (há controvérsias que explicarei adiante). Bem, Bento 16 renunciou em 28 /02/13. A Igreja ficou 13 dias sem papa eleito. Em 13/03/2013 (somem essa data e dará 13), 13 dias depois é eleito o novo papa (surpreendentemente no segundo dia de votação). Tirando o Zagallo, o resto do mundo acha o 13 um número nefasto. É o número da carta da Morte no Tarot. Li em um site um sujeito considerando que a utilização do 13 foi uma tentativa dos cardeais de mudar o destino. Bobagem. Acho que eles não seriam tão bobinhos assim, sem contar que uma atitude dessas provavelmente seria uma heresia, no mínimo. É verdade que o arcano da Morte do Tarot diz respeito a mudança. Só que é uma mudança radical, inevitável e que não depende de nossa vontade. As más línguas dizem que a Maçonaria e os gnósticos estariam dando as cartas ultimamente no Vaticano, mas essa questão do 13 parece mais uma sincronicidade sinistra do que qualquer outra coisa.

Voltemos a São Malaquias. Malaquias de Armag, bispo irlandês do século 12, iniciado gnóstico, amigo do fundador da Ordem dos Templários, escreveu 112 sentenças sobre o caráter dos papas desde Celestino II, em 1143, até o último pontífice, que ele chamou de Petrus Romanus, ou Pedro Romano. Suas sentenças foram encontradas tempos depois no Museu do Vaticano. “Na suprema desolação do mundo, reinará Pedro, o Romano, o último papa do Deus verdadeiro!” é o que ele diz. De um modo geral os perfis que traça em suas sentenças se encaixam com a grande maioria dos 111 papas até aqui. Com alguns a coisa fica um pouco obscura, mas na maioria dos casos se encaixa surpreendentemente bem seja através de símbolos, nomes ou acontecimentos que marcaram esses papas. Mas, você já deve estar se perguntando: será que ele errou neste último? Os cardeais procuraram contrariar a profecia? Afinal esse papa se chama Jorge Mario Bergoglio e adotou a alcunha de Francisco e nasceu em Buenos Aires. É verdade que ele tem ascendência italiana, mas até aí morreu Neves. Creio que esse mistério se esclarecerá com o tempo. Pode ser que a insígnia a ser adotada pelo novo papa faça o link. Ou não. De qualquer modo, para São Malaquias esse será o derradeiro papa do Vaticano. Adiante esclarecerei o motivo de eu estar utilizando sempre o termo “Vaticano” quando me refiro ao último papa.

Tem mais. A Monja de Dresden também foi sinistra. Sabe-se dela apenas que nasceu em Dresden, tornou-se freira e morreu com 26 anos, em 1706. Diz-se que era semianalfabeta e que previu a própria morte com exatidão. Ela ouvia vozes e fazia profecias. Provavelmente psicografava, pois escreveu diversas cartas a papas e monarcas em latim e em alemão, mesmo sendo semianalfabeta como eu já disse. Muitas das cartas se perderam. Esta acertou muitos nomes de papas literalmente, inclusive deste, Francisco. Numa carta enviada em 1703, ao papa Clemente ela fala da sucessão papal de 1721 até o atual. Acerta praticamente o nome de todos! Engraçado que ela usa o termo Cavalo para designar os papados. Ela achava que era o Espírito Santo quem falava com ela, mas acho que estava mais pra alguma Pomba Gira doidaça. Esta carta chegou aos nossos dias. Sobre o papa eleito ontem ela diz: “O mui Clemente Vigário na terra de Nosso Senhor, Jesus, nosso Salvador, quis um novo Francisco a sua mesa porque toda a Igreja necessitava ser lavada e purificada..." E a última parte tem tudo a ver com o que o Bento 16 deixou entrever sobre a situação atual da Igreja. Só que para ela este é o último papa de Roma. O fim do mundo ela prevê para 3033. Ufa! É só Roma que vai ser destruída. A Igreja Católica se mudará para Jerusalém. Roma (e o Vaticano junto) será destruída, no reinado deste papa, ou por um terremoto, ou por um meteoro, ou ainda por uma bomba atômica provavelmente lançada pelos muçulmanos. Hipótese mais provável, no meu entender. Entendeu agora porque eu me referia ao último papa do Vaticano? Na dúvida, é melhor não se mudar para Roma nos próximos anos. Não posso precisar a data, mas a julgar por essa e outras profecias, Roma será destruída entre 2019 e 2036. É bem possível que seja durante a 3ª guerra mundial. Tem profecia que diz que morrerão cerca de 5 bilhões e meio de pessoas nessa guerra. Vou passar batido, isso é irrelevante. Ok é sarcasmo.

Antes de falar de Nostradamus quero citar outro fato curioso. Li também algumas profecias que relacionavam este derradeiro papado a luzes brilhantes no céu. O que em geral significa cometa. Pois bem, há um cometa passando, visível a olho nú, e que se tornou visível na Europa a partir de, adivinhem, ontem! Estava desde o início do mês visível no hemisfério sul e agora no hemisfério norte. Mas o melhor está por vir. A partir de fins de setembro teremos a aproximação do cometa Ison (anagrama de Sion – nem vou especular a respeito) que dizem será um espetáculo impressionante. Talvez o mais brilhante que nossa geração poderá ver. Se os cientistas estiverem certos, marcará época. Pode vir a ser mais impressionante que a passagem do Halley em 1910. Particularmente ficarei muito feliz se assim for e se eu puder vê-lo, acredito que você também, mas, como sabemos cometas sempre foram considerados na Antiguidade como de mau agouro. Se os profetas estiverem certos ao menos para o papa atual e para o Vaticano, será. É esperar para ver.

E Nostradamus continua a ser o cara. Desse certamente você já ouviu falar. Suas Centúrias são uma confusão da porra, mas as coisas estão lá. Pra início de conversa ele fala de dois papas convivendo. O Bento 16, que renunciou, é considerado Papa Emérito, portanto, temos dois papas ao mesmo tempo. Depois ele diz que o novo (e derradeiro) papa vem de muito longe. Francisco é o primeiro papa que vem de outro continente. E diz que ele é de “bons ares” e o Francisco nasceu em Buenos Aires. Quer mais? Tem mais, é ele quem o chama de Papa Negro. E este é o primeiro papa jesuíta! Também conhecidos por padres negros como eu já disse acima. Ah, e ele ainda fala da eleição deste entre abril e março. E sobre este papa Nostradamus diz que viverá um longo tempo (para um papa) e que tomará atitudes polêmicas. Aguardem.

Muita coisa se esclarecerá na continuidade. Uma coisa que deduzi dentre as muitas profecias que li é que os dois papas, o atual e o emérito, podem vir a morrer juntos (no caso na destruição de Roma, se o Bento 16 viver o suficiente). Outra coisa que me intriga é ainda a tal história do Petrus Romanus. Esse nome pode estar associado ao atual Camerlengo Tarcísio Pietro Bertone (Pietro=Petrus) que dizem ser a grande eminência parda de Vaticano, nascido em Romano Canavese (Romano=Romanus) que foi o “papa interino” nesse período de transição e que dizem ter sido o articulador da eleição do atual papa e, em função do seu cargo, foi quem anunciou o novo papa. Isso não esclarece a questão, mas deixa alguma coisa no ar. O brasão do Francisco pode resolver ou não o erro ou acerto do Malaquias. O que podemos concluir de toda essa encrenca é que, como diria o Romário, vem merda por aí.

                                                                                  Paulo Pereira.