Quem sou eu

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Um vagabundo do infinito. Por ter iniciado minha vida artística na ditadura sempre utilizei pseudônimos. Poeta da chamada "geração mimeógrafo". Colaborei em alguns jornais e revistas, criei e editei a revista "Energia", o programa de rádio "Solitário nunca mais", atuei e/ou dirigi diversos espetáculos teatrais, entre eles: "Teatro relâmpago Show", "Curso para Contemporâneos", "O Labirinto", "Noites em Claro", "Vida Acordada", "A Improvisação da Alma" e "Dorotéia". Criei e dirigi o grupo de pesquisa teatral "Vagabundos do Infinito". No momento além do single "Canção ao coração de Andressa" estou lançando o álbum musical "Misturadinho" em parceria com Paulo Guerrah e JMaurício Ambrosio.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2012 o ano em que o mundo não acabou (um texto estúpido).


Quando eu era criança (já sou velhinho) eu ouvia dizer que o mundo acabaria no ano 2000 (ou em 1999). Passou 99, passou 2000 e nada. Teve até a novidade do bug do milênio. Nada. Agora vem 2012. Achei que seria o último, mas se escaparmos desse parece, me disseram, que já tem outro previsto para 2015. Porra, não aguento mais tanto apocalipse. Parece que querem que o mundo acabe. Bem, se considerarmos o estrago que estamos fazendo, parece mesmo.
O pior é que passaremos o ano todo nessa paranoia implantada. A encrenca é só lá no dia 21 de dezembro. Podia ser dia 12, ficava mais bonito: 12/12/12. Tem alinhamento planetário, hiperatividade do sol, tudo a favor. Outro boato é que a hiperatividade vai apagar todos os dados digitais. Acho que vou fazer muitas dívidas até lá (e guardar o dinheiro no colchão).
Engraçado é que ninguém parece se preocupar com o que é realmente preocupante. Já somos 7 bilhões e aumentando. 7 bilhões de estúpidos. É muita estupidez para um planeta só. Nos anos 60 se falava em controle populacional, agora que a população dobrou ninguém liga mais. A China fez um controle estatal rigoroso e mesmo assim vem aumentando a população, num ritmo menor, é verdade. A Europa, mais desenvolvida culturalmente, controlou naturalmente, aí vieram os problemas. Tentaram compensar com a imigração e isso trouxe mais problemas. Agora querem voltar a aumentar a população. A razão é simples: o Capitalismo prescinde de aumento populacional. Sem isso ele colapsa. Ou seja: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Solução: vamos entupir o mundo de gente, depois vemos a merda que dá. Isso sim é apocalíptico, mas não para 2012. Se sobrevivermos à poluição resultante até que teremos uma solução: matar gente... e comer. Até que voltemos a um número razoável. Os Capitalistas devem estar contando com isso (talvez por isso estejam engordando as pessoas).
Nessas horas sempre me lembro de Einstein que disse que a maior característica humana era a estupidez (ou algo parecido). Como podemos ser tão estúpidos? Ainda temos um arsenal capaz de destruir o mundo umas 50 vezes (como se uma só não bastasse). Qual o objetivo disso? E o pessoal tem medo de alinhamento planetário...
Sim, o mundo pode acabar a qualquer momento, mas não terá hora marcada. E não, não vai rolar em 2012. Não tem clima pra isso. De qualquer modo sugiro que vivamos como se cada dia fosse não o último, mas o primeiro de nossas vidas (como na música dos Mutantes). Como se ao acordar descobríssemos um mundo em torno de nós. Um mundo a ser cuidado, a ser tratado com carinho. Não esse mundo virtual criado pelos homens, mas o mundo real, feito de mares, rios, montanhas e planícies. Boa parte dele ainda está aí. Pensemos nele como um ser vivo, dentro do qual nós vivemos. E não sejamos o seu câncer, sejamos a sua cura.


De fato o mundo não vai acabar porque já acabou (para a grande maioria de nós). A vida foi completamente banalizada, vilipendiada. Estamos vivendo na Matriz (lembram-se de Matrix 1?), tendo nossa energia sugada e vivendo virtualmente, fantoches de um sistema cruel. Incapazes de reagir. É hora de acordar, de começar o mundo. Sim, 2012 pode ser não o fim, mas o começo do mundo (ou o recomeço). Hora de perceber a maravilha da vida, a preciosidade incrível que é o mundo ou o universo. Em nossa extrema pequenez podemos perceber a grandiosidade disso e não precisamos de telescópios ou satélites. Podemos perceber isso apenas com nossos sentidos. Sentir a vida. Que coisa maravilhosa é isso. Conectar-se com o universo é preciso.
Há um milagre a ser realizado, não por nenhum deus, mas por nós, por cada um de nós. Faça o seu, ou façamos juntos o nosso. Um mundo novo nos espera quando acordarmos.
Feliz 2012 e 2013 e etc...


(fotos recolhidas da Internet. Desculpem mas não tenho os créditos)