Quem sou eu

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Um vagabundo do infinito. Por ter iniciado minha vida artística na ditadura sempre utilizei pseudônimos. Poeta da chamada "geração mimeógrafo". Colaborei em alguns jornais e revistas, criei e editei a revista "Energia", o programa de rádio "Solitário nunca mais", atuei e/ou dirigi diversos espetáculos teatrais, entre eles: "Teatro relâmpago Show", "Curso para Contemporâneos", "O Labirinto", "Noites em Claro", "Vida Acordada", "A Improvisação da Alma" e "Dorotéia". Criei e dirigi o grupo de pesquisa teatral "Vagabundos do Infinito". No momento além do single "Canção ao coração de Andressa" estou lançando o álbum musical "Misturadinho" em parceria com Paulo Guerrah e JMaurício Ambrosio.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Morro Azul

Morro Azul
Composição de Ambrósio e Pereira
Interpretação: Ambrósio e Banda Vagabundos do Infinito




Enfim uma banda sem estilo.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Noticiário cósmico (quase) instantâneo.

Fico um pouco impressionado com o modo que as notícias chegam hoje em dia. Vejam só: na sexta-feira passada aconteceu uma explosão no sol que vocês podem ver nesse vídeo, no detalhe.
Na segunda-feira os efeitos da explosão puderam ser vistos no Canadá assim:
A notícia foi publicada no Brasil nessa quarta-feira. Sei lá, ainda não me acostumei com isso. Fico espantado. 


sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Borges por Millôr (Esquecimento)

Por algum motivo, salvei isso aqui nos rascunhos do blog e esqueci de postar. Vai agora.

O Labirinto de Borges

Borges em seu labirinto. Labirinto que, além de seu mistério natural e ancestral, ganhou aqui, na composição, a profundidade misteriosa de livros, livros, livros - a biblioteca real e mística de Borges. A limitação do infinito. Em nome disso traduzi este poema de Borges. Não deixe de ler.

Millôr


LIMITES

De todas as ruas que escurecem ao pôr-do-sol,
deve haver uma (qual, eu não sei dizer)
em que já passei pela última vez
sem perceber, refém daquele Alguém

que, com antecedência, fixa leis onipotentes,
ajusta uma balança secreta e inflexível
para todas as sombras, formas e sonhos
tecidos na textura desta vida.

Se há um limite para todas as coisas e uma medida
e uma última vez, e nada mais, e esquecimento,
quem nos dirá a quem nesta casa
nós, sem saber, já dissemos adeus?

Pela janela que amanhece a noite se retira
e entre os livros empilhados que lançam
sombras irregulares na mesa baça,
deve haver um que eu jamais lerei.

Há uma porta que você fechou pra sempre
e algum espelho o esperará em vão;
para você as encruzilhadas parecem muito amplas,
mas há um Janus, vigiando você, nos quatro cantos.

Há uma entre todas tuas memórias
que agora está perdida além da evocação.
Você não será visto descendo àquela fonte,
seja à luz do sol claro, nem sob a lua amarela.

Você nunca recapturará o que o Persa
disse em seu idioma tecido com pássaros e rosas,
quando, ao pôr-do-sol, antes que a luz disperse,
você quer pôr em palavras tanto inesquecível.

E o Rhone fluindo sem parar, e o lago,
todo esse vasto ontem sobre o qual me curvo hoje?
Estará tudo tão perdido como Cartago,
queimada pelos romanos com fogo e sal.

Ao amanhecer parece ouvir o turbulento
murmúrio de multidões crescendo e dissolvendo;
tudo por que fui amado, esquecido,
espaço, tempo, e Borges, estão me deixando agora.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A FLOR DO LÁCIO E O PODER

Bem..., ando meio assustado ultimamente com algumas coisas. Não com o fim do mundo, nem com a possibilidade de o Flamengo dar mais um vexame na Libertadores, essas são coisas tristes mas suportáveis (sarcasmo, Sheldon). O que me assusta é o que vem acontecendo com esse país (e com o mundo, mas esse é outro papo), principalmente com os jovens desse país.
Lido com eles em meu trabalho de professor universitário e pelo menos duas coisas tem me assustado muito. A primeira é que tenho a nítida impressão que eles estão se desumanizando, tornando-se de pessoas a consumidores. Houve uma mudança geracional drástica nos últimos anos. Assim é que percebo. E assusta! A segunda coisa é que estão cada vez menos alfabetizados. Falta compreensão de texto, capacidade de escrever um parágrafo com lógica, com sentido. Ou mesmo saber o que é um parágrafo! Fica difícil trabalhar.
Para mim é fácil notar que o ensino piorou consideravelmente. Fato. Nenhuma estatística pode me convencer do contrário. Também, depois de oito anos de governo de um semianalfabeto que se orgulhava de chegar a presidente sem ter estudado (ele disse, não eu) e que primou pela corrupção desde o início (com toda a cúpula de seu governo envolvida) e seguido do governo (que continua o legado de corrupção) de uma ex-terrorista, cujo grupo roubou e matou e que se diz PRESIDENTA (argh!), não dá mesmo para esperar muita coisa. Antes de prosseguir quero lembrar que a causa de Bin Laden, por exemplo, também era justa para ele e os seus. Aliás, que luta foi essa se o resultado é a manutenção da instituição mais sólida deste país: a corrupção!? Acusavam a ditadura de manter o povo ignorante para poder dominá-lo. E agora que o povo está mais ignorante, qual é o objetivo? Mas estou tergiversando, desculpem. Que fique claro que abomino ditaduras e quaisquer tipos de regimes de força assim como a ignorância.
Voltando ao nosso assunto: talvez seja o caso de criar uma necessidade, como faz o capitalismo nos entupindo de anúncios para nos convencer que precisamos de algo, anteriormente, completamente inútil. A necessidade é a mãe da invenção (frase atribuída a Platão ou a Frank Zappa, tanto faz). Por exemplo, voltar com prova de português eliminatória no vestibular. Ou, melhor ainda, para ingressar no segundo grau, como o antigo exame de admissão. Parece cruel? Parece retrocesso? Bem, e para o que estamos avançando? Isso é o que me assusta.
Para exemplificar o estado de coisas da nossa quase extinta língua mátria (não é, presidenta?) claro que por ética não colocaria aqui o que leio e corrijo de meus alunos, ainda que eu não seja professor de português (ou seje como gosta de dizer nosso ex-presidento), apenas entrei na sessão de comentários de um blog e retirei alguns exemplos e comentei. Nota: retirei esses exemplos de quase todos os comentários!

vive trepudiando das pessoas  - (isso é tripudiar a língua)
opiniam – (ão e am, ninguém mais sabe como usar)
suijo – (essa eu gostei, parece que está sujo de queijo)
a horas deles vao chegar – (a falta do til não é o problema)
sou travestiz – (fiquei imaginando um avestruz travesti ou um travesti atriz)
falça – (bota falsa nisso)
despresou – (isso é realmente desprezar)
se fes de boazinha – (porque será que não colou?)
so foi passar a quela cemana – (ainda bem que foi só aquela)
pregajoso – (ótimo, é tão pegajoso que pregou)
embecil – (realmente muito imbecil)
foce – (a ideia era que fosse: fosse)
nao ta cendo - (não tá mesmo, também, depois do foce, o que esperar?)
celva – (na celva das sidades)
corge de urubus – (quase Klingon)
impocritas – (devem ser hipócritas que se impõem)
falço – falços - (nada mais... De fato deveríamos escrever assim (açim?) fica mais falço)
tevesse mas gente – (um primor)
orriveis – (assim ficam mais)
saise – (ou entráse, tanto faz)
estrupada – (essa é tradicional)
inconviniente – (muito)
fasendo – (enquanto fazia estava sendo)
faser – (digite isso no Google. Além de rir, vai descobrir que é “fibra” em alemão)
sonça – (sem comentário, ou talvez seja uma onça dissimulada)
ensima do muro – (assim cai)
que adianta ser bonito mais ser chato – (e burro)
as coisas vai ferver – (que medo!)
na procima semana – (tudo xerto)
canbado de falso – (porque será que não escreveu falço?)
lideransa – (liderânsia ia ficar sugestivo – ânsia de liderar, mas isso aí...)
endicado – (não acredite nessa endicação)
convades – (isso deve ser Klingon)
apaupando – (adivinha o que ela estava apalpando...)
concelheiro – (não asseite ece concelho)
preciza – (não, obrigado)
adimiro – (eu também)
mereçe – (será?)
enovar – (faz sentido. Inovou mesmo)
mal caráter – (mau e mal, ninguém mais faz a menor ideia de como usar)
fiseram – (ou não)
primeiricimo lugar – (ainda bem que não foi o cegundo)
preguisosas – (realmente, principalmente para estudar)
raparica – (isso deve querer dizer alguma coisa)
mostraro – (mas ninguém viu)
despreso – (pela língua)
o propio sangue – (poprio também pode ser utilizado, nesse caso)
pensa nelis – (língua do Mussum)
da quele pessoal e perca de tempo – (pra que percar tempo com isso?)
vai estra 3 tres mulher e uma vergonha das mulher – (isso é Klingon)
para que aja justiça – (também acho que a justiça tem que agir)
lagarticha – (também conhecida como largatixa, pobre bichinho!)
temos q se mobilizar – (assim não vai adiantar)
como se agente tivesse vendo – (será que o agente viu?)
que dis que – (melhor seria não dizer)
vou soutar fogos – (eu não. Definitivamente, eu não)
que deus ti perdoe e ti livre do mal – (amém)
concerteza – (ou sencerteza)
iliminado – (o iluminado que foi eliminado)
serveria – (acho que não)
e não volta atraz – (deveria voltar)
e veram a pouca vergonha – (já vi)
nogenta – (parece mais nojenta ainda)
falcidade – (uma cidade falsa)
malcarate – (mau, muito mau)
ein fim quero – (deve ser um alemão querendo alguma coisa)
ainda nao perceberam q estam – (fiquei intrigado. porque será que não escreveu nam?)
estou desepsionada – (eu também, eu também)

É isso. Seria cômico se não fosse sério. Talvez você já tenha acostumado com isso, mas eu me assusto. Assim como me assusto com as pessoas que são escolhidas para governar. Não participo disso, me recuso a votar nessa gente, os chamados “políticos”. Sempre os piores entre nós, como bem o disse Terence McKenna. Chamo-os de outra coisa, mas deixa pra lá. Não se preocupe tudo vai piorar.
                                                                                                                                                                                    Paulo Márcio

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Carne de merda (Shit Burger)

1000000000000000000000000000000000000000000000000 de moscas não podem estar erradas, coma merda você também!


Demorou mas chegou. Em breve num mercado perto de você. Poizé, o cientista japonês aí da foto, inventou a carne de merda. E, pior (sim, sempre pode ser pior), merda recolhida no esgoto. Vai abaixo o link da matéria.
Se você não aguentar esperar pela novidade, pode comer merda ao estilo Pasolini. Ao menos é merda fresquinha (ou quentinha, dependendo do ponto de vista). Se você não sabe do que estou falando (tecnicamente, escrevendo), bem... você merece comer merda. Bon appétit!

http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI241874-17770,00-CARNE+FEITA+DE+FEZES+HUMANAS.html