Quem sou eu

Minha foto
Um vagabundo do infinito. Por ter iniciado minha vida artística na ditadura sempre utilizei pseudônimos. Poeta da chamada "geração mimeógrafo". Colaborei em alguns jornais e revistas, criei e editei a revista "Energia", o programa de rádio "Solitário nunca mais", atuei e/ou dirigi diversos espetáculos teatrais, entre eles: "Teatro relâmpago Show", "Curso para Contemporâneos", "O Labirinto", "Noites em Claro", "Vida Acordada", "A Improvisação da Alma" e "Dorotéia". Criei e dirigi o grupo de pesquisa teatral "Vagabundos do Infinito". No momento além do single "Canção ao coração de Andressa" estou lançando o álbum musical "Misturadinho" em parceria com Paulo Guerrah e JMaurício Ambrosio.

terça-feira, 24 de março de 2020

2 Hipóteses sobre o Corona – Isso não é uma teoria de conspiração



Em 1º lugar quero deixar claro que isso é sério. Você vai perceber que o que vou dizer fará muito sentido. De início coloquei o Tico e o Teco pra pensarem fora da caixa sobre o que está acontecendo. Livre pensar é só pensar, como dizia Millôr. Para ser breve, depois de descartar outras hipóteses, mantive 2, que não são excludentes.
Antes, 2 explicações, guardem elas:
1ª- qualquer estudante de humanas sabe que as aposentadorias são um grande problema para qualquer economia no mundo.
2ª- já se sabe que os maiores disseminadores do vírus são os assintomáticos, em sua maioria jovens. O raciocínio é simples: quem apresenta sintomas é logo isolado ou internado portanto, contamina pouco. A maioria das pessoas não apresenta sintomas ou os apresenta leves, porém segue contaminando outros. Esse é o motivo do vírus contaminar tanta gente.
Então vamos às hipóteses:
1-    O vírus pode ter sido criado intencionalmente em laboratório com o objetivo de matar idosos. Já li que alguns cientistas refutaram essa hipótese. Também já vi muitos cientistas assegurarem inverdades em função de quem os patrocina.
2-    A atitude de alguns governos de não tomar atitudes imediatas e eficientes quanto ao vírus, como por exemplo a Itália, a Inglaterra, os EUA e o Brasil, para ficar só com alguns exemplos, vem de encontro à ideia de deixar que grande número de idosos morram resolvendo em grande parte a questão econômica relacionada às aposentadorias.
Encerrando: nenhum vírus anteriormente, inclusive os do tipo corona, escolheu esse modo de agir. Se fossem os mais frágeis a morrer, como divulgam bastante, muitos bebês estariam morrendo, já que ainda não desenvolveram defesas. Pensem nisso.

quinta-feira, 19 de março de 2020

Dedos úmidos - por Pomar



              Dedos Úmidos é como era conhecido. O apelido tem origem literal. O nome? Ninguém nunca se importou. Quando passou a ter amigos, estes o chamavam simplesmente de Dedos, mas isso foi só na faculdade. Até então Dedos fora aquele menino estranho, solitário, que sofria bullying e rejeição principalmente por seus dedos que pingavam suor. Meninas sentiam nojo. Resumindo: Dedos, aquele cujas mãos estavam sempre úmidas, não tinha amigos. Especulavam se aquilo era de fundo nervoso, se Dedos era um psicopata, uns diziam que era um mutante e até de alienígena o chamaram. Dedos teve uma vida solitária. Quando muito era motivo de risos. Porém tudo passou quando Dedos foi pra faculdade.
                Já no primeiro semestre Dedos achou sua turma. Era a dos maconheiros. Foi a única que aceitou Dedos numa boa. Além do mais, foi aí que se descobriu uma boa utilidade para os dedos úmidos de Dedos. Sem falar que ele gostou muito da maconha. Deixava-o relaxado e suando menos nas mãos. Dedos desenvolveu uma grande habilidade para apertar baseados. Passou a ser chamado a, cada vez mais, reuniões e festas. Era sempre o cara convocado para apertar um. A mudança radical transformou a vida de Dedos em uma viagem festiva.
                 Embora ainda tímido, de festa em festa, a popularidade de Dedos ia aumentando. Até que aconteceu o previsível. Alguma garota achou que aqueles dedos úmidos poderiam servir para outras coisas. Foi Rosa. Essa garota foi Rosa. Quando apareceram juntos, banho tomado, Rosa com um sorriso no rosto, no meio da surpresa geral, algumas garotas começaram a olhar Dedos com outros olhares. E deu certo. Já com Rosa e com todas as que vieram depois, Dedos, antes de qualquer coisa, avisava: aquela transa seria única. Ele não queria nenhum tipo de compromisso com ninguém. E cumpria o prometido. Resultado: o terreno estava sempre livre para satisfazer a curiosidade das meninas. E a cada noite, ou mesmo dia, aparecia uma querendo ficar com Dedos. As noites de Dedos tornaram-se bem agitadas. Sempre com uma garota diferente. Isso durou até a formatura, que demorou seis anos e meio. Os mais otimistas calculam que cerca de mil mulheres passaram uma noite com Dedos. Os pessimistas apostam no dobro.
            Depois de formado, Dedos passou num concurso e foi trabalhar de caixa de banco. um emprego escolhido a dedos... úmidos. Me desculpe, mas parece ideal, não?
                As festas ficaram restritas aos fins-de-semana. Ainda assim as noites de Dedos não ficaram menos agitadas. A vida seguiu nessa balada até Dedos completar 30 anos. Sabe-se lá quantos milhares de mulheres depois. Isso que nesse período Dedos mudou de cidade duas vezes em função de seu trabalho no banco.
              No dia do seu trigésimo aniversário Dedos notou uma protuberância em cada mão. Logo após o mindinho. Não demorou muito para Dedos perceber que nasceram mais dois dedos, um em cada mão. Teve que ir ao médico, fazer exames e, ao fim das contas, tudo estava absolutamente normal exceto pelo fato de terem nascidos dois novos dedos nas mãos de Dedos. Vida que segue. As coisas começaram mesmo a ficar estranhas quando a pele de Dedos começou a esverdear. Mais exames, e resultado semelhante: tudo normal, fígado, rins, sangue, etc., a não ser pelo fato de Dedos estar ficando meio verde acinzentado. Nesse período a vida sexual de Dedos foi ficando escassa. Foi quando a coisa aconteceu. Havia chegado a hora.
                 De algum modo Dedos soube que chegara a hora de concluir sua missão.
PAUSA DRAMÁTICA
Antes de continuar essa narrativa, ao menos por ética, preciso avisar a você que o que passarei a contar daqui por diante é propositalmente ignorado por muitos, considerado lenda urbana pelos céticos, porém, alguns acreditam ser totalmente verdadeiro. E assustador, muito assustador. Conto o que sei, e deixo a seu critério e do tempo, a verificação da verdade.
FIM DA PAUSA
              Numa bela manhã de setembro Dedos deve ter acordado encharcado, com a pele queimando, e entendido que havia chegado a hora. Provavelmente tomou um banho e se arrumou para concluir o que começara há cerca de dez anos. Sua pele exalava incessantemente alguma coisa que vou chamar aqui de feromônio alien, por falta de nomenclatura adequada. Quem o viu, nesse período, diz que havia um cheiro sutilíssimo no ar, que se perdia nos outros cheiros da cidade. Naquela manhã de setembro, Dedos saiu. Sabia o que fazer. Percorreu a cidade calmamente, pegando uma condução aqui, outra ali. Apenas isso. Não sem antes comprar uma passagem para uma outra cidade na qual havia morado. E assim fez sua peregrinação final. Visitou todos os lugares nos quais havia morado ou passado um tempo. Sempre exalando quase imperceptivelmente bilhões dos tais feromônios. Depois, alguém, que alguém conhece, diz ter dado uma carona a Dedos até uma praia deserta à noite e testemunhado quando uma nave esférica pequena desceu rapidamente, surgindo do nada, e pousou perto de Dedos, que entrou na nave e desapareceu com ela do mesmo modo como a mesma havia surgido.
            Eu sei que até aqui essa história parece algum tipo de alucinação ou delírio coletivo ou particular, tanto faz. O que surpreendeu mesmo foi o que aconteceu depois. Aí, sim, comprovado por muitos. Se soube, por motivos óbvios, algum tempo depois, mas por esses dias de perambulação de Dedos, todas as mulheres que haviam tido relações sexuais com ele engravidaram. Todas. Isso inclui Rosa, supostamente a primeira. Não importa se tiveram relações com Dedos há um mês ou há dez anos. Se usaram camisinha, se tomaram anticoncepcionais, ou qualquer outro método. Tanto na época que transaram com Dedos como nesse momento em que todas engravidaram. Claro que cada uma pensou que engravidara do então, atual marido ou namorado. Mesmo não entendendo como aconteceu, no caso das que usavam métodos contraceptivos. Algumas estavam sem fazer sexo por essa época e ficaram assustadíssimas ao saberem de seu estado.
             A partir daquela informação do desaparecimento de Dedos, um grupo de seus conhecidos, que já trocava ideias no Zapzap sobre Dedos Úmidos desde o surgimento dos sextos dedos, resolveu investigar. Refizeram um tempo depois o percurso final de Dedos, procuraram conhecidas e amigas que haviam estado com Dedos e o que acabaram percebendo foi isso: todas estavam grávidas.
              Outra coisa que descobriram, dessa vez pela internet, foi que no dia do desaparecimento de Dedos, em vários locais, nos cinco continentes, houve avistamentos de óvnis, semelhantes ao descrito por mim, segundo a testemunha citada. Isso aguçou mais ainda a curiosidade do grupo.
           Cerca de nove meses depois da peregrinação de Dedos veio o Baby-Boom. Exceto por algumas que abortaram, o grupo calcula que Dedos teve quase dois mil filhos. Isso porque todos os recém-nascidos que conseguiram visitar pareciam absolutamente iguais. Todos, claro, a cara de Dedos. E com mãozinhas e pezinhos úmidos.
               O grupo se assustou muito com isso. Concluíram que a partir dos vários outros avistamentos de óvnis, poderiam ter estado no planeta muitos “Dedos”, cumprindo uma missão de reprodução em larga escala. Uma invasão alienígena silenciosa. Criando uma geração de alienígenas, cujo método de reprodução inter-espécies, muito estranho a nós e muito eficiente logo os tornará a maior população do planeta. Logo se tornarão eles os governantes de cada nação do planeta. Em algumas décadas serão eles os governantes do planeta. Não se sabe qual é o plano para nós. Se nos escravizarão ou nos eliminarão. Tudo ainda é muito vago, só uns poucos acreditam que isso está realmente acontecendo, enquanto a maioria ignora ou desacredita das evidências.
          O tempo dirá quem tem razão. O problema é que, se essa história for real, pode ser tarde demais quando perceberem. Só peço a você que fique atento. A história pode não ser bem essa, mas pode ser real. Pode estar acontecendo bem agora. Enfim, cabe então lhe perguntar: você conhece alguém que sue excessivamente nas mãos?