Quem sou eu

Minha foto
Um vagabundo do infinito. Por ter iniciado minha vida artística na ditadura sempre utilizei pseudônimos. Poeta da chamada "geração mimeógrafo". Colaborei em alguns jornais e revistas, criei e editei a revista "Energia", o programa de rádio "Solitário nunca mais", atuei e/ou dirigi diversos espetáculos teatrais, entre eles: "Teatro relâmpago Show", "Curso para Contemporâneos", "O Labirinto", "Noites em Claro", "Vida Acordada", "A Improvisação da Alma" e "Dorotéia". Criei e dirigi o grupo de pesquisa teatral "Vagabundos do Infinito". No momento além do single "Canção ao coração de Andressa" estou lançando o álbum musical "Misturadinho" em parceria com Paulo Guerrah e JMaurício Ambrosio.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A ÚLTIMA DANÇA

É tudo história.
A nossa vida é uma história. Isso é fácil de se ver nos livros e filmes. Mas não é tão fácil
assim no cotidiano. Estamos tão envolvidos com a sua trama, que até esquecemos de
que tudo não passa mesmo de uma historia, assim como numa peça de teatro. Ficamos
tão preocupados em "salvar a nossa pele" e em "se dar bem em tudo", ou seja, em
realizar todos os nossos desejos e apegos pessoais, que deixamos de lado toda a beleza e
magia da própria vida.
Nascemos para interpretar uma história: a história desta nossa vida atual. Ela acontece em um tempo e espaço definidos, com princípio, meio e fim. Nascimento, existência e morte. A primeira e última etapa acontecem num piscar, mas na segunda, devemos ficar de olhos bem abertos para não deixá-la passar assim em brancas nuvens.
Agora, se a vida é uma história, quem será que escreve? Nós ou o destino? Pois é
nenhum dos dois. Quem escreve a história da vida é o nosso próprio Espírito, ou Cristo
interior, ou Self, ou Orixá, ou ainda qualquer outro nome que se queira dar ao nosso Ser
divino, o Criador de toda a vida. E, então, nesse caso, o que somos nesta história?
Somos atores, atores de corpo e alma, interpretando um personagem, uma personalidade
que atua nesta história.
Para o bom ator, o importante é representar bem o seu personagem, seja ele rico ou
pobre, belo ou feio, inteligente ou irracional. o personagem não pensa exatamente
desse modo. Ele tem interesses, desejos, receios, e toda a gama de razões possíveis para
preservar, segundo os seus padrões, o melhor nível de sua existência dentro de sua
história pessoal.
Está sempre buscando um "final feliz" e, com isso, se esquece do fundamental "instante feliz". O bom ator deve viver, antes de tudo, o "instante feliz", pois só assim poderá dar vida, magia e beleza ao próprio personagem. Somente assim, poderá ser aplaudido por todos e pelo próprio coração, ao término do grande espetáculo de sua vida.

Autor: Aiyan Zahck

Esse é o trecho inicial do livro "Como utilizar os cristais - a relação mágica e terapêutica entre os cristais e o Tarô" de Aiyan Zack, também conhecido por:JOSÉ ANTONIO GORDILHO TEIXEIRA DE FREITAS, ou para nós, do Teatro Relâmpago, simplesmente Animal ou Animal José. Um multi-artista, um mago e acima de tudo uma pessoa maravilhosa, das melhores que conheci. Pra mim, um irmão, companheiro de muitas andanças e danças. Ele fez agora sua última dança. Seu espetáculo chegou ao fim. Podem aplaudir. Te aplaudo de pé e com o coração, querido amigo. Sinto não poder mais te dizer isso, mas obrigado, muito obrigado por tudo.      Paulo Márcio