Quem sou eu

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Um vagabundo do infinito. Por ter iniciado minha vida artística na ditadura sempre utilizei pseudônimos. Poeta da chamada "geração mimeógrafo". Colaborei em alguns jornais e revistas, criei e editei a revista "Energia", o programa de rádio "Solitário nunca mais", atuei e/ou dirigi diversos espetáculos teatrais, entre eles: "Teatro relâmpago Show", "Curso para Contemporâneos", "O Labirinto", "Noites em Claro", "Vida Acordada", "A Improvisação da Alma" e "Dorotéia". Criei e dirigi o grupo de pesquisa teatral "Vagabundos do Infinito". No momento além do single "Canção ao coração de Andressa" estou lançando o álbum musical "Misturadinho" em parceria com Paulo Guerrah e JMaurício Ambrosio.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Dêerre brasileira ou como salvar o Brasil de si mesmo em pouco tempo.

(à maneira de Swift – obviamente sem o brilhantismo deste)

Atenção! Este é um texto de humor politicamente incorreto, sarcástico, irônico que tende a desagradar pessoas sensíveis. Se for o seu caso: afaste-se para evitar o mimimi. Também é absolutamente desaconselhável para menores de 18 anos e esquerdistas. Especialmente esses últimos que não vão entender picas.

Trilha sonora inicial: (vá ouvindo enquanto lê)


Para começar a DR proponho de cara a separação. Saporra é grande demais e se em mais de 500 anos não conseguimos arrumar a bagaça e sequer saímos da barbárie a solução é diminuir a encrenca.
          Pode chorar, bater pezinho, gritar, ir pra casa da mamãe, mas nosso caso acaba aqui.
          Vou começar pela região norte, aquele monte de mato alagado, cheio de cobras, jacarés, camelos, malária e índios. A gente vende tudo pro Trump. Com o dólar a 4,50 não vamos mais nos preocupar com grana e vai dar pra transformar o que sobrar numa Suécia, numa Dinamarca ou qualquer país de primeiro mundo que você achar legal. Mas calma, a coisa não para por aí.
          Também temos que nos livrar do Nordeste, a região mais atrasada do (vamos chamar de) antigo Brasil, que só serve pra plantar maconha e, como sabemos, esta planta está proibida até o momento. Consequentemente é uma região que não serve pra nada. Declaramos a independência da região e deportamos pra lá todos os “baianos” de São Paulo e os “paraíbas” do Rio, incluindo o cidadão mais honesto do antigo Brasil, que deverá se entender com os “coronés” da região e voltar a dividir tudo em Capitanias Hereditárias, se é que já superaram essa fase. De quebra vamos construir menos prédios e favelas no Brasil que restar. Não é má ideia deportarmos para lá todos os petistas, psolistas e assemelhados, já que gostam muito de pobreza. Esse novo país poderá se chamar Nova Venezuela ou Caetanópolis, como preferirem. A partir da independência da região fecharemos a fronteira. Podemos usar parte do dinheiro do Trump pra construir um muro na mesma.
          Também daremos independência ao Centro-Oeste, desde que fiquem com Brasília incluindo o Congresso (e seus integrantes), a presidência, o STF o agronegócio e tudo o mais. Vai facilitar porque esse novo país já terá governo formado, judiciário e o escambau. A única condição será nos devolverem o Moro. Tenho até uma sugestão de nome: Sertanópolis. Aliás, todos os cantores sertanejos deverão ser deportados para lá.
          Tem mais: o Rio Grande do Sul, também conhecido por Uruguai do Norte, onde se fala um dialeto derivado do castelhano, oriundo da antiga Província Cisplatina, será negociado com o Uruguai. Em troca podemos garantir por muitos anos o fornecimento de leite e de erva mate, que será devidamente tostada para fazer a deliciosa bebida refrescante que conhecemos ao invés daquela coisa verde nojenta e amarga que consomem por lá. Os caras até hoje não aprenderam a tostar o mate. Merecem cair fora.
          Só não sei muito bem o que fazer com o Espírito Santo. Um lugar que ninguém sabe muito bem o que tem por lá. Só se passa por ali. Como não iremos mais para o Nordeste por terra (lembrem do muro), não vai servir mais pra nada. Talvez, em função do nome, possa se tornar uma espécie de Vaticano de evangélicos. Um Estado teocrático-monárquico independente que poderá ser governado por Edir Macedo. Como tem um bom pedaço de terra que até hoje só serviu pra fazer estradas, podemos enviar pra lá evangélicos e cantores gospel.
          Assim teremos um novo Brasil bem menor e administrável, bastante rico (lembrem da grana do Trump), industrializado e que nem precisará mais ser dividido em estados. Não teremos mais governadores e deputados estaduais, que aliás os atuais estarão todos na cadeia (lembrem que ficamos com o Moro). Faremos uma nova Constituição, criada por pessoas instruídas e independentes (sem políticos na parada) tornando o novo Brasil um país verdadeiramente laico, com um sistema judiciário rápido e eficiente, sem privilégios para nenhuma classe, sem estatais, com o governo aplicando o dinheiro dos poucos impostos (e do Trump) apenas no que interessa: escolas, hospitais, transportes, saneamento e segurança. E sem almoço grátis porque isso não existe. Afinal todos serão muito bem pagos (lembrem do... tá, vocês já sabem). Nada de serviço militar obrigatório, apenas forças armadas profissionais e bem equipadas. Enfim, com um país bem menor e próspero, podemos construir um Estado que esteja de fato inserido no século 21. Para isso, é verdade, alguns sacrifícios se fazem necessários.
Trilha sonora final: