Quem sou eu

Minha foto
Um vagabundo do infinito. Por ter iniciado minha vida artística na ditadura sempre utilizei pseudônimos. Poeta da chamada "geração mimeógrafo". Colaborei em alguns jornais e revistas, criei e editei a revista "Energia", o programa de rádio "Solitário nunca mais", atuei e/ou dirigi diversos espetáculos teatrais, entre eles: "Teatro relâmpago Show", "Curso para Contemporâneos", "O Labirinto", "Noites em Claro", "Vida Acordada", "A Improvisação da Alma" e "Dorotéia". Criei e dirigi o grupo de pesquisa teatral "Vagabundos do Infinito". No momento além do single "Canção ao coração de Andressa" estou lançando o álbum musical "Misturadinho" em parceria com Paulo Guerrah e JMaurício Ambrosio.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

O CÃO

Fico impressionado de como o ser humano não se dá conta das armadilhas em que cai. Einstein, um gênio, declarou que a estupidez humana é infinita. É difícil não lhe dar razão. Espero que ao menos ela permita que compreendam o que vou relatar sobre o cão.
Pra início de conversa, se você acredita em um Deus Criador, seja ele qual for, você não deveria ter um cão. Direi porquê. Em primeiro lugar, o cão não é uma criatura de Deus. De nenhum deus. Não existem cães na natureza. Podemos afirmar, embora não conste de nenhum livro sagrado, que um deus criador tenha criado até os dinossauros, mas nunca que tenha criado algum cão. Logo vem a pergunta: então quem teria criado o cão? Você sabe? 
Os estudiosos dizem que o cão é uma criação do homem. Porém não sabem dizer quando nem onde e muito menos como. Os cientistas que analisaram recentemente o DNA dos cães, afirmam que todos os cães descendem do lobo. Já não é uma boa notícia, mas vamos refletir um pouco. Esses mesmos cientistas que certamente são evolucionistas, afirmam que as diferentes espécies que existem na natureza levaram milhões de anos de adaptação para se tornar o que são. Uma galinha, por exemplo, teria evoluído de pequenos dinossauros que viveram há muitos milhões de anos. Eles obviamente não acreditam em um deus criador. Mas, sigamos. A espécie humana, segundo esses mesmos cientistas, existe há cerca de 300 mil anos. Certamente teriam se passado muitos milhares de anos até que, segundo essa hipótese, pudessem transformar lobos em cães. Vai vendo.
Existem hoje mais de 400 raças de cães. Se um animal leva milhões de anos de adaptação para formar uma nova raça, como lobos, em menos de 200 mil anos, provavelmente em menos de 100 mil anos poderia se transformar em 400 raças, tão diferentes entre si como um pinscher e um fila, um pequinês e um doberman. Não lhe parece que tem alguma coisa errada aí?
Agora vamos olhar a questão sob outro ângulo. Aquele que eu citei lá no 2º parágrafo. Simplificando a questão: se você acredita em Deus certamente não desconhece o Diabo. Tente lembrar por quais nomes o diabo é chamado. Se quiser dê um Google. Não tenho dúvida que entre os nomes encontrados lá estará Cão! Então reflita comigo: se Deus não criou o cão e o próprio diabo é chamado de Cão, não é um tanto óbvio que os cães derivam do demônio? Mais uma coisa que pode ser só uma coincidência linguística: na língua mais falada no ocidente Deus se escreve God, lendo de trás para a frente, coisa típica de Satanás, você deve saber, temos Dog, que quer dizer cão. Mas isso é irrelevante.
Você deve estar se perguntando nesse momento: mas por qual motivo o diabo teria criado o cão? Bem, isso é lá com ele, mas podemos tentar elucidar. Pra começarmos vamos pensar em qual coisa vem primeiro à cabeça quando nos referimos aos cães. Você também deve ter pensado na frase “o cão é o melhor amigo do homem”, certo? Não seria o diabo querendo tomar o lugar de DeusAfinal, se você acredita em Deus também deve crer que Este seja seu melhor amigo e não o cão. O diabo mora nos detalhes. Prossigamos, sabe-se hoje que um cão pode entender cerca de 200 a 300 palavras e se comporta de acordo com o que entende. Não utilizamos muito mais que isso no dia-a-dia, logo um cão, que quase sempre está próximo do dono fica sabendo praticamente tudo o que seu dono diz. A quem isso interessaria? Não a Deus certamente, por ser onisciente e onipresente. O cão pode estar servindo ao seu verdadeiro dono e criador. Acho que você já sabe a quem estou me referindo. Além disso tem aquela subserviência que os humanos adoram. O cão está sempre perto de seu dono, faz aquela festa enorme quando este chega, mesmo que só tenha saído por 10 minutos. Sobe no colo, lambe o dono, dorme junto se lhe for permitido, enfim, acaba suprindo quase todas as carências afetivas de seu dono, que acaba lhe dedicando mais amor até do que aos seus parentes, amigos ou amantes. É bem fácil percebermos isso. Creio que não estou errado em afirmar que, na prática, o homem acaba dedicando mais amor ao seu cão do que ao próprio Deus que ele acredita ser. Mais uma estratégia do Demo para desviar a atenção e o afeto do ser humano. Ao contrário do que se pensa comumente, o dono acaba virando escravo de seu cão, e em se tratando de deuses e demônios, a quem interessa escravizar o homem?
Eu poderia discorrer muito mais sobre o assunto, dos cães criados para matar; por Hitler, por exemplo, que era um satanista. Da lenda do lobisomem, um monstro assassino meio homem meio lobo (lembra do que dizem da origem do cão?). Pessoas fazendo sexo com cães. Tudo faz parte da estratégia do verdadeiro criador do cão. Portanto deixo aqui um conselho: se você é temente a Deus, afaste-se do cão!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Dêerre brasileira ou como salvar o Brasil de si mesmo em pouco tempo.

(à maneira de Swift – obviamente sem o brilhantismo deste)

Atenção! Este é um texto de humor politicamente incorreto, sarcástico, irônico que tende a desagradar pessoas sensíveis. Se for o seu caso: afaste-se para evitar o mimimi. Também é absolutamente desaconselhável para menores de 18 anos e esquerdistas. Especialmente esses últimos que não vão entender picas.

Trilha sonora inicial: (vá ouvindo enquanto lê)


Para começar a DR proponho de cara a separação. Saporra é grande demais e se em mais de 500 anos não conseguimos arrumar a bagaça e sequer saímos da barbárie a solução é diminuir a encrenca.
          Pode chorar, bater pezinho, gritar, ir pra casa da mamãe, mas nosso caso acaba aqui.
          Vou começar pela região norte, aquele monte de mato alagado, cheio de cobras, jacarés, camelos, malária e índios. A gente vende tudo pro Trump. Com o dólar a 4,50 não vamos mais nos preocupar com grana e vai dar pra transformar o que sobrar numa Suécia, numa Dinamarca ou qualquer país de primeiro mundo que você achar legal. Mas calma, a coisa não para por aí.
          Também temos que nos livrar do Nordeste, a região mais atrasada do (vamos chamar de) antigo Brasil, que só serve pra plantar maconha e, como sabemos, esta planta está proibida até o momento. Consequentemente é uma região que não serve pra nada. Declaramos a independência da região e deportamos pra lá todos os “baianos” de São Paulo e os “paraíbas” do Rio, incluindo o cidadão mais honesto do antigo Brasil, que deverá se entender com os “coronés” da região e voltar a dividir tudo em Capitanias Hereditárias, se é que já superaram essa fase. De quebra vamos construir menos prédios e favelas no Brasil que restar. Não é má ideia deportarmos para lá todos os petistas, psolistas e assemelhados, já que gostam muito de pobreza. Esse novo país poderá se chamar Nova Venezuela ou Caetanópolis, como preferirem. A partir da independência da região fecharemos a fronteira. Podemos usar parte do dinheiro do Trump pra construir um muro na mesma.
          Também daremos independência ao Centro-Oeste, desde que fiquem com Brasília incluindo o Congresso (e seus integrantes), a presidência, o STF o agronegócio e tudo o mais. Vai facilitar porque esse novo país já terá governo formado, judiciário e o escambau. A única condição será nos devolverem o Moro. Tenho até uma sugestão de nome: Sertanópolis. Aliás, todos os cantores sertanejos deverão ser deportados para lá.
          Tem mais: o Rio Grande do Sul, também conhecido por Uruguai do Norte, onde se fala um dialeto derivado do castelhano, oriundo da antiga Província Cisplatina, será negociado com o Uruguai. Em troca podemos garantir por muitos anos o fornecimento de leite e de erva mate, que será devidamente tostada para fazer a deliciosa bebida refrescante que conhecemos ao invés daquela coisa verde nojenta e amarga que consomem por lá. Os caras até hoje não aprenderam a tostar o mate. Merecem cair fora.
          Só não sei muito bem o que fazer com o Espírito Santo. Um lugar que ninguém sabe muito bem o que tem por lá. Só se passa por ali. Como não iremos mais para o Nordeste por terra (lembrem do muro), não vai servir mais pra nada. Talvez, em função do nome, possa se tornar uma espécie de Vaticano de evangélicos. Um Estado teocrático-monárquico independente que poderá ser governado por Edir Macedo. Como tem um bom pedaço de terra que até hoje só serviu pra fazer estradas, podemos enviar pra lá evangélicos e cantores gospel.
          Assim teremos um novo Brasil bem menor e administrável, bastante rico (lembrem da grana do Trump), industrializado e que nem precisará mais ser dividido em estados. Não teremos mais governadores e deputados estaduais, que aliás os atuais estarão todos na cadeia (lembrem que ficamos com o Moro). Faremos uma nova Constituição, criada por pessoas instruídas e independentes (sem políticos na parada) tornando o novo Brasil um país verdadeiramente laico, com um sistema judiciário rápido e eficiente, sem privilégios para nenhuma classe, sem estatais, com o governo aplicando o dinheiro dos poucos impostos (e do Trump) apenas no que interessa: escolas, hospitais, transportes, saneamento e segurança. E sem almoço grátis porque isso não existe. Afinal todos serão muito bem pagos (lembrem do... tá, vocês já sabem). Nada de serviço militar obrigatório, apenas forças armadas profissionais e bem equipadas. Enfim, com um país bem menor e próspero, podemos construir um Estado que esteja de fato inserido no século 21. Para isso, é verdade, alguns sacrifícios se fazem necessários.
Trilha sonora final: