Dario Oliveira/20.06.2013/Futura Press/Estadão
Esse
movimento que está acontecendo no Brasil, já é vitorioso. Não estou dizendo que
ele deva parar, ao contrário, devemos seguir até que consigamos uma efetiva
mudança.
Já
está claríssimo o que todos querem, embora alguns se façam de desentendidos. A
questão é: quem vai realizar essas mudanças? Eu não espero que O Renan
Calheiros, o Sarney, a Dilma, o Collor, o Feliciano e os mensaleiros que ainda
estão no Congresso façam a reforma política e do judiciário e implantem as
diversas melhorias que são reivindicadas. Parece-me o óbvio ululante, como
diria Nelson Rodrigues que eles não o farão. E, convenhamos, se é para esperar
que eles o façam, fico em casa assistindo futebol, não vou perder o meu tempo.
Considero
que nesse momento estamos diante de um impasse. Quem fará o que esses milhões
que estão nas ruas querem? Só vejo dois caminhos. Quem souber de outros, por
favor, me aponte, vou gostar de saber. O primeiro é: derrubamos todos eles,
tipo limpeza profunda e convocamos eleições gerais. Além de não achar isso
viável, vamos votar em quem? Nos mesmos partidos com suas quadrilhas
organizadas? Vamos trocar seis por meia-dúzia? Vamos continuar com o mesmo
Sistema perverso?
O
segundo é: convocarmos eleições para uma Assembleia Constituinte civil. Digo civil,
no sentido de não se permitir participação de instituições do tipo partidos
políticos ou instituições religiosas, por exemplo. Cidadãos instruídos, dos
mais diversos segmentos, escolhidos por nós para isso. E apenas para isso. E
aí, sim, fazer todas as reformas políticas, jurídicas e sociais que tanto
almejamos. Acho esse um caminho de bom senso. Essa é minha pauta, que, aliás,
ainda não vi em nenhuma manifestação. Estou manifestando.
Não
relutarei em mudar de ideia no caso de conhecer alguma proposta melhor. Estou
sempre pronto a mudanças para melhor. Mas por enquanto é o que tenho a propor.
Não fique mudo. Muda Brasil!
Paulo Márcio